
A invasão de Vladimir Putin à Ucrânia foi um momento decisivo para a Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aceitou o desafio. Uma semana após o início da guerra, ela anunciou três grandes sanções econômicas contra a Rússia – proibindo transações com seu banco central, fechando o espaço aéreo para viagens russas e barrando agências de notícias pertencentes ao Kremlin.
“Proteger nossa liberdade tem um preço”, disse von der Leyen. “Este é o nosso princípio: a liberdade não tem preço.”
Por sua liderança durante a guerra na Ucrânia, bem como por lidar com a pandemia de Covid-19, von der Leyen está no topo da 19ª lista anual da Forbes das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo. Sua influência é única – ninguém mais na lista conduz políticas em nome de 450 milhões de pessoas – mas seu compromisso com uma sociedade livre e democrática não é. Von der Leyen é um exemplo do maior enredo de 2022: mulheres atuando como defensoras da democracia.
As mulheres norte-americanas sofreram a maior transformação de seus direitos durante as duas décadas nas quais a lista foi publicada, como quando a Suprema Corte limitou o direito ao aborto. Em reação, as eleitoras energizaram as eleições de meio de mandato nos EUA. No Irã, milhares de mulheres marcharam nas ruas em protesto contra as leis teocráticas que as tratam como cidadãs de segunda classe.
Representando os manifestantes na lista deste ano está Jina “Mahsa” Amini, cuja morte em setembro desencadeou uma revolução liderada por mulheres sem precedentes.
As outras mulheres, a maioria (80) delas com mais de 50 anos, assumem o poder de formas mais tradicionais – são 39 CEOs; 10 chefes de Estado e 11 bilionárias que somam US$ 115 bilhões (R$ 602 bilhões).
A lista foi determinada por quatro métricas principais: dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência. Para líderes políticas, consideramos produtos internos brutos e populações dos países; para lideranças corporativas, receitas e números de funcionários; e menções na mídia e alcance. O resultado é uma coleção de mulheres que lutam contra o status quo.
“Se você não reagir à primeira violação de seus direitos”, diz Roya Boroumand, historiadora iraniana e ativista de direitos humanos, “a segunda e a terceira virão.”
Veja abaixo algumas das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo segundo a Forbes.
- Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
- Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
- Kamala Harris, vice-presidente dos EUA
- Mary Barra, presidente da General Motors
- Melinda Gates, filantropa
- Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália
- Julie Sweet, CEO global da Accenture
- Jane Fraser, CEO do Citigroup
- Mackenzie Scott, filantropa
- Susan Wojcicki, CEO do YouTube
Confira a lista completa no site Forbes Mulher