Startup usa instrumento de crédito para financiar aluguel de computadores.

Alexandre Gotthilf e Paula Mendes Caldeira.
A Plugify, startup brasileira de aluguel de hardware, acaba de captar um crédito de R$ 120 milhões para comprar equipamentos.
O dinheiro vem de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) estruturado pela Milenio Capital, uma operação que a Plugify afirma ser inédita no seu segmento.
O FIDC é um fundo de investimento que aplica em títulos de crédito criados a partir de contas a receber de uma determinada empresa, pagando uma remuneração pré-definida
É uma forma de antecipar receita de aluguéis, o que se aplica no caso dos contratos da Plugify com seus clientes.
Entre os investidores do FIDC Plugify Tech I, estão grandes players como Angá, Augme, Milenio Capital, Polo, Prada, Quasar, TAG e Verde.
“Com o FIDC, a expectativa é que a receita da startup, bem como sua base de clientes triplique, enquanto o número de funcionários deve duplicar”, afirma Alexandre Gotthilf, cofundador e CEO da startup, sem abrir números.
A Plugify tem recebido aportes com frequência, o que é importante em um negócio que exige um aporte intensivo em capital no início, com retorno no médio e longo prazo.
No começo do ano, a Porto Seguro comprou uma participação de 10% na empresa, por um valor não revelado.
Até então, a Plugify vinha financiando sua expansão através de debêntures, modelo de financiamento por dívida pelo qual uma empresa pode captar recursos no mercado de diferentes investidores.
Nesse formato, captou R$ 10 milhões em 2020 e R$ 32,6 milhões em 2021, em parte dos mesmos fundos que entraram agora na FIDC.
Fundada em 2017, a startup tem crescido 10% ao mês. O foco são pequenas e médias empresas, com planos de assinatura de 24, 36 e 48 meses.
Seus dois sócios têm experiência em negócios similares com o atual. Gotthilf foi gerente na Pitzi, uma startup voltada para seguros de celulares, e a CFO, Paula Mendes Caldeira Rathsam tem passagens por bancos como BTG, Bank Of America e Moelis & Company.
Cenário Promissor
Além da migração para o home office, na qual muitas empresas tiveram que arrumar centenas de notebooks de uma hora para a outra, empresa como a Plugify surfam numa onda mais ampla de migração para um modelo de negócios com menos ativos. Assim, o pós pandemia parece positivo.
Nos Estados Unidos, 80% das empresas já alugam seus equipamentos de TI, enquanto no Brasil o serviço contempla apenas 10%, segundo dados da IDC.
Fonte: https://www.baguete.com.br/noticias/24/05/2022/plugify-capta-r-120-milhoes